Fórum Justiça

Audiência pública esclarece critérios de escolha e atribuições do primeiro ouvidor externo da DPRJ

20/08/2015

Compartilhe!

Fonte: DP/RJ

Representantes de entidades civis e movimentos sociais participaram nesta sexta-feira (14) da audiência pública que esclareceu pontos importantes sobre a escolha do primeiro ouvidor externo na Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Entidades como Pastoral das Favelas, Instituto de Estudos da Religião (Iser); Viva Rio e Fórum Justiça estiveram presentes, ratificando a relevância do processo na construção de uma entidade cada vez democrática e cidadã.

Membros do Conselho Superior da Defensoria, como o próprio defensor-geral, André Castro, o 2º subdefensor-geral, Rodrigo Pacheco, e a presidente da Adperj, Maria Carmem Sá, esclareceram questões como a composição da lista tríplice, os requisitos que o candidato deve possuir para se inscrever, o funcionamento da Defensoria e o papel do ouvidor.

Relator da matéria no Conselho Superior da DPGE, o defensor Leandro Moretti expôs as regras para a eleição. Ele esclareceu que os candidatos não precisam ter assento em conselhos estaduais de direitos, mas que o colégio eleitoral, necessariamente, será composto por membros dessas entidades.

É do colégio eleitoral que sairá a lista tríplice a ser submetida ao Conselho Superior, em 9 de outubro.  Os três nomes terão currículo e projetos de gestão avaliados pelos conselheiros e direito a defender candidatura em fala de até 15 minutos. O eleito será nomeado pelo defensor-público geral e tomará posse imediatamente.

A audiência pública teve a participação do presidente do Colégio Nacional de Ouvidorias Gerais das Defensorias Públicas e também ouvidor externo da Defensoria de São Paulo, Aldeiron Pereira da Costa, que ressaltou o caráter construtivo que a Ouvidoria tem na definição de políticas que aperfeiçoem o atendimento prestado ao usuário.

– O ouvidor não é inimigo, mas tem papel crítico, com a finalidade de ajudar. Quando houver um ouvidor externo na Defensoria do Rio, as outras Defensorias vão abrir suas portas – previu. Hoje, defensorias de 10 estados e do Distrito Federal possuem ouvidores escolhidos pela sociedade.

Ele também explicou porque o colégio eleitoral que vai escolher a lista tríplice com os indicados para o cargo é formado por entidades vinculadas aos conselhos estaduais de defesa da cidadania.  “Os conselhos estaduais são sempre ligados a áreas do Direito e, portanto, têm afinidade com a missão da Defensoria”, ressaltou.

O ouvidor-geral interino da Defensoria, Odin Bonifácio, resumiu a atuação no órgão até aqui, destacando os esforços para solucionar os problemas apresentados pelos usuários. Embora os defensores do estado atendam cerca de 200 mil pessoas por mês, o número de reclamações, sugestões ou elogios recebidos pelo setor é de aproximadamente 600, somados os que chegam via telefone, e-mail ou mesmo no atendimento presencial. “Procuramos saber os motivos das queixas e ser leais aos assistidos, sem esconder mazelas”, disse.

Será também este o trabalho do ouvidor externo. Ao nomear um ocupante para o cargo que não seja um defensor público, a instituição se fecha para qualquer viés corporativo que possa haver no exercício da função. Além disso, abre um importante canal de interlocução direta com a sociedade.

– Entendemos que um representante da sociedade civil terá a sensibilidade necessária para apontar onde estão os gargalos da prestação de serviço ao assistido. E mais: a partir dos relatos apresentados pelo usuário, o ouvidor poderá contribuir com a construção de políticas públicas eficiente em áreas como saúde, transporte e defesa dos direitos humanos -, elenca o defensor-geral, André Castro.

Presidente da Adperj, Maria Carmen de Sá lembrou que o órgão é “ferramenta de auxílio da aferição da qualidade” do serviço prestado pela Defensoria. “O ouvidor tem que ser parceiro da instituição na busca de mais recursos e de tratamento igualitário com as demais carreiras.”

Diretora de Capacitação do Centro de Estudos Jurídicos e coordenadora-geral do Estágio Forense, a defensora Adriana Britto apresentou um resumo sobre a participação popular no sistema de justiça, que tem na ouvidoria externa um dos seus principais mecanismos. “Sou uma entusiasta da ideia, que ajuda a construir um modo diferente de fazer justiça.”

Clique aqui e confira o edital.

Download Best WordPress Themes Free Download
Download Best WordPress Themes Free Download
Premium WordPress Themes Download
Download Premium WordPress Themes Free
free download udemy paid course
download intex firmware
Download Nulled WordPress Themes
free online course